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Kalahari
No quadro da tradição literária a que pertence, Luís Serguilha mergulha as suas raízes em algumas referências que promovem a razão do excesso pela contestação do metro regular em nome do ritmo, do verso livre e da prosa. Walt Whitman, Álvaro de Campos e Allen Ginsberg são as referências mais óbvias no que diz respeito ao carácter explosivo e tumultuoso da sua escrita. James Joyce é porventura o seu maior fantasma, graças ao qual foi tocado pela síndrome de Finnegans Wake na sua aventura de linguagem marcada pela invenção sintáctica e neológica, pela telescopagem de textos de múltiplas etiologias e pela corrente vertiginosa que imprime ao discurso. Mas é a técnica futurista da destruição da sintaxe", da "imaginação sem fios" e das "palavras em liberdade" (paroliberi), exposta por Marinetti num dos seus mais conhecidos manifestos, que se surpreende, mutatis mutandis, como causa eficiente decisiva do trabalho poético do autor. É aliás por esta via remota que Serguilha ingressa na tradição moderna do surrealismo, com a sua "escrita automática" e a sua colecção de imagens ù em especial a hipérbole, a hipálage, a silepse e a prosopopeia ù, num efeito global que visa a amplificação magnificante do género epidíctico." in "A Prosódia da Prosa", texto crítico de Luís Adriano Carlos sobre Kalahari, de Luís Serguilha
- paginas
- 1
- encuadernacion
- OTRO FORMATO LIBRO
- espesor
- 10
- colección
- VERSUS
- altura
- 300
- ancho
- 200
2 Artículos
9789898801197
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